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Vídeo • Intervenção

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Ideia Abstrata • Intervenção

A exploração da cidade nos levou a escolher o local que escolhemos, dentre os 3 que esboçamos em croquis, em função do fato de que muitas de suas características pareciam, inicialmente, interessantes. Ao longo de nossa permanência no triângulo – nome que demos ao lugar –, confirmamos nossa impressão original ao percebermos muitos elementos marcantes e potenciais que diziam respeito àquele ponto nevrálgico das vias de Diamantina: o intenso fluxo de pessoas e carros, a localização particular e a conformação espacial rica em potência, mas largamente inexplorada. Através da apropriação do espaço com o corpo (performance), aguçamos ainda mais nossa percepção do espaço, sentimos com maior intensidade a presença dos carros e dos transeuntes, da mesma forma que notamos a organicidade, por assim dizer,  do conflito que existia entre essas duas coisas. Pudemos abranger em nossa imagem mental, também, os elementos periféricos do nosso local, em especial o mercado, de onde vinha a maior part...

Performance • Intervenção

VÍDEO

Rede de Implicações • Intervenção

Roteiro de Entrevistas • Intervenção

0. Apresentação do grupo (estudantes, contexto, proposta...) 1. Solicitar informações pessoais (nome, origem, residência...) 2. Qual sua relação com este espaço? 3. Há algo que chame sua atenção neste espaço? 4. Como realiza seu deslocamento diário? Utiliza carro nesta região? Se não, enquanto pedestre, o que sente em relação aos carros neste espaço? 5. Você conhece as pessoas que moram/trabalham neste espaço específico? 6. Como é o fluxo de pessoas aqui durante o ano? Isso muda sua rotina? Se sim, como? 7. Você sente que este espaço faz parte da praça [do mercado]? 8. Há algum elemento neste espaço que lhe incomoda?

Croquis | Diamantina • Intervenção

Croquis do local escolhido Croquis da opção 2 Croquis da opção 3

Cultura | Atenas e sua Acrópole

No dia 15 de junho, visitei a exposição "Atenas e sua Acrópole" no grande salão da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. São poucas obras, todas réplicas em escala feitas de gesso a partir de seus originais em mármore gregos. A premissa do conjunto é entrar em diálogo com o piso do grande salão, objetivo este que é cumprido e enriquece o todo. Há esculturas de Korai gregas logo de início e estas são sucedidas por um Kouros e depois por bustos. Ao lado encontram-se baixos-relevos colocados no chão. As dimensões do lugar conversam de maneira interessante com o imaginário contemporâneo que cerca a Grécia Antiga com seus templos e sua grandeza. As estátuas permitem vivenciar e analisar ao vivo obras com tanta história e relevância, permitindo-se levar, é possível notar e adivinhar atributos semânticos e formais das estátuas que intrigam e deixam por fim um sentimento de inquietação e ao mesmo tempo preenchimento.

Estratégias de apropriação do espaço

Parkour A prática consiste na exploração das habilidades e capacidades do corpo humano para transpor da forma mais rápida e eficiente quaisquer obstáculos que se encontrem num dado percurso, daí o nome (originalmente 'parcours' em francês). Os adeptos desse tipo de estratégia passam por longos treinamentos para que possam desempenhar com maestria todos os movimentos que necessitem. O fascínio gerado pela atividade deriva da intensidade com que tudo acontece e da aparente irreverência dos praticantes. O espaço torna-se parte do trajeto e não mais é um obstáculo propriamente dito. Na aula, a exibição do comercial da BBC onde um tracer sai do trabalho e chega em casa através do parkour infinitamente mais rápido do que teria se tivesse ido de maneira convencional demonstra a importância de se questionar imposições espaciais e convenções daquilo que se pode ou não nos lugares. Deriva Consiste em derivar – como um barco n'água – pela cidade abstraindo de qualquer necessid...

Cultura | Babel

Visitei, no dia 13 de junho, a exposição "Babel", do artista Miguel Gontijo, que se encontrava na Grande Galeria Alberto da Veiga Gignard do Palácio das Artes. As obras expostas vão de telas a esculturas, passando por escritos e mobília. A temática de início pouco clara revela-se fascinante em sua descoberta. As obras se iniciam com uma espécie de tela perfurada e pintada que se eleva do chão logo à entrada e estendem-se passando por imagens à tinta formadas por elementos diversos que conversam e desconversam entre si: rostos, partes do corpo, fragmentos de papel, elementos orgânicos, letras, palavras...       Há um quê de ironia do artista quando são apresentadas imagens intrigantes acompanhadas de algo que é comumente visto hoje na internet, termos e gírias do campo online. A problematização imbuída na obra gira em torno da linguagem, da informação e da interpretação que fazemos delas. O autor traz escritos de aparência medieval acompanhados de imagens de ...

Caderno Técnico • Objeto interativo

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Vídeo • Objeto interativo

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Cultura | Museu da Moda

No dia 23 de maio de 2017, visitei o Centro de referência da Moda, ou Museu da Moda, na parte da tarde. A exposição consiste em artefatos e aparatos relacionados à história da indústria têxtil no Brasil. Há exemplares de tecido, algodão, estampas e maquinário. O conteúdo do museu é pouco instigante em si mesmo, os textos auxiliares dos objetos em si tem papel fundamental na construção de uma imagem e na assimilação daquilo que é proposto. Por outro lado, o edifício que abriga a instituição é fascinante, tanto por sua história quanto pela atmosfera que ele contribui para criar. O estilo construtivo e o espaço em si são curiosos e estimulam a imaginação e uma imersão no passado. O diálogo entre o prédio e a exposição se dá por meio da organização e disposição dos elementos no lugar, embora nem sempre isso seja feito da melhor maneira. O vão de 3 andares que existe na escadaria é bem explorado com a colocação de longos vestidos de tecido contínuo, que enfatizam a capacidade produtiva e p...

Produto final • Objeto interativo

O produto final do meu objeto interativo seguiu, nos últimos ajustes, o caminho original focando em "visão e ludicidade". O projeto sonoro que o objeto adquiriu nos protótipos eletrônicos provou-se – como temido – inviável, de difícil realização e custoso, além de nunca ter sido o que norteou nenhum dos princípios do trabalho. A luz, em forma de LEDs, retornou ao papel de output principal e integrou bem o corpo do objeto. O aro metalizado circundante foi mantido, assim como a estrutura de sustentação, a esfera central e os "arames-tentáculos". O modelo de fechamento com ímãs foi delegado à metade dos circuitos e a outra metade passou a funcionar com sensores de gravidade, para permitir uma gama e uma motivação maiores para a exploração e interação. Os LEDs foram inseridos no arranjo, assim como os sensores, de modo livre e ambos acrescidos de invólucros translúcidos que difundem a luz e ocultam o funcionamento do circuito, corroborando para a mágica no uso. Além di...

Adobe Photoshop, Première e InDesign

Exploração dos programas com base no trecho de Matrix e capa do filme: VÍDEO

Cultura | Entre Nós

  Visitei, no dia 4 de maio, a exposição "Entre Nós (A figura humana no acervo do MASP)" no CCBB. A exposição divide-se em 5 núcleos e abrange quadros e esculturas. Obras de autores reconhecidos como Picasso e Van Gogh estão em exibição e permitem a experiência própria de obras tão comentadas. Apesar disso, a exposição encontra seu valor, para mim, em aspectos de sutileza muito mais marcada e de profundidade de reflexão muito maior. A organização do "percurso" é, de certa forma, cronológica e parte da arte medieval até a arte contemporânea. A representação artística da figura humana em um espaço de tempo tão grande – embora tão curto – passa por transformações marcantes e muito visíveis. A apreciação dessas obras permite momentos de prazerosa introspecção. A constatação de "verdades" metafísicas e filosóficas, bem como a própria imersão na "aisthésis" e nos confins do pensamento.

Protótipo V • Objeto Interativo

  O protótipo – finalmente na escala do objeto real – consiste na estrutura central similar a do anterior mas com um aro circundante colocado no lugar de umas das "metades" de fios. O aro tem papel de servir como fechamento para todos os circuitos independentes e vem com papel de solucionar o problema de pareamento único encontrado na ideia anterior. O aro é revestido em plástico metalizado e contém ímãs revestidos em papel alumínio para a condução ocorrer, a esfera central é de isopor e comporta as baterias e a estruturação dos outros elementos, os "tentáculos" são de arame e recobertos com fios. No interior, conectando todos os circuitos, 2 placas centrais retiradas de teclados infantis são colocadas como articuladoras dos outputs sonoros pretendidos.

Protótipos III e IV • Objeto Interativo

  O protótipo – em si, bem precário – consiste de uma estrutura central articuladora que comportaria as baterias e de onde partiriam fios com pontas magnéticas que fechariam circuitos relacionados, individualmente, com notas músicais distintas que soariam a partir da interação entre pessoas e o objeto. A variante (protótipo IV) parte do uso dessa mesma estrutura e acrescente um circuito-teste para o mecanismo de fechamento magnético com um LED apenas. 

Sobre o seminário de Design de Interação

  As obras escolhidas pelo meu grupo foram "Boundary Functions", de Scott Snibbe e "Infinite Cubed" de Cantoni e Crescenti. A obra Boundary Functions consiste de uma base no solo onde são projetadas através de cálculos diversos – especialmente diagramas Voronoi – fronteiras/barreiras/linhas entre as pessoas que estão no campo de abrangência. A obra é interativa na medida em que não funciona com apenas uma pessoa e também por estimular o ingresso e exploração por várias pessoas ao mesmo tempo. A interface (mais) reativa da instalação se mostra extremamente rica na interação dialógica que produz e permite observar a boa execução de um projeto desse tipo, onde há referências prefigurativas, mas seu uso consolida algo que vai além.    Por outro lado, a obra Infinite Cubed, ou "Infinito ao cubo", demonstra muitas falhas na criação de uma verdadeira qualidade de interatividade. O cubo de paredes espelhadas que oscila em seus eixos é interessante...

Pergunta do grupo

"Até que ponto o digital é um facilitador na construção de uma virtualidade?"   O questionamento posto pelo grupo tem intensão de levantar suspeitas acerca dos limites aplicáveis à digitalização do mundo e de seus processos se levada em conta a ótica da virtualização. A virtualidade, enquanto abertura ao processo e desenvolvimento quase espontâneo do estado de devir ou latência das possíveis criações humanas é uma qualidade desejável em muitos processos de concepção pelos quais a construção da realidade passa todos os dias. Se o digital tem potencial de auxílio nesse âmbito, é preciso questionar a extensão desse potencial. O grupo baseou-se na experiência comum de assistir um episódio da série "Black Mirror", onde a mente de uma usuária é "copiada" e dela é feita uma "escrava digital" que conhece cada detalhe da mente original e, portanto, é 100% eficaz em realizar tudo aquilo que ocorre ao redor da "humana" verdadeira. Nessa situa...

Croquis | Inhotim

Galeria Adriana Varejão / externo / 2pdf - papel manteiga, lápis HB, B, B2 e B6 Galeria Adriana Varejão / interno / 1pdf - papel manteiga, lápis B, 3B, B6, EcoLápis Faber-Castell sextavado regular azul e azul cobalto

Cultura | Espaço do Conhecimento UFMG

Visitei, no dia 12 de abril o Espaço do Conhecimento da UFMG, onde foi possível conhecer todos os elementos atualmente (na data da visita) em exposição, no quinto andar, o terraço astronômico e a obra "O Aleph", muito interessante e instigante, brinca com a visão e a percepção espacial por meio do uso de espelhos adjacentes que criam efeitos óticos curiosos e complexos. A própria instalação tem formato similar ao de uma escada, o que evoca a ideia de ascensão ou descensão, o que se relaciona com as imagens mostradas e ao "path" da humanidade. Nas escadas, as paredes e degraus são recobertos com desenhos e medidas (escalas) que traçam um percurso pelas dimensões do cosmos. O quarto e terceiro andares comportam, em conjunto, a história do universo e dos Homens, é contada de forma linear a origem do universo, da vida, da humanidade, da cultura e de tudo que conhecemos hoje. É fascinante poder contemplar em um espaço (físico e temporal) tão pequeno tantas coisas. A expo...

Croqui | Museu de Arte da Pampulha

Museu de Arte da Pampulha / interno / 2pdf - papel cartão, lápis B, B2 e B6

Roupa & Arquitetura II

  Questões voltadas para a expressividade de cada um dos dois elementos foram o objeto central de análise e discussão na conversa. Qual a relação do dinheiro/poder aquisitivo com a capacidade de se expressar através da roupa? E da arquitetura? Qual o papel da moda no mundo das roupas e da arquitetura? Diversos questionamentos similares foram levantados e discutidos. A arquitetura pode, enfim, ser concebida enquanto "experiência completa", nisso pode consistir a diferença entre ela e a roupa. A diferença óbvia, evidente e inerente à existência dos dois não deixa, contudo, de existir.

Sobre "Um Lugar ao Sol"

  O documentário retrata a vida e a visão de influentes personalidades que moram em coberturas. A crítica maior fica por conta da total falta de realismo por parte das pessoas que foram retratadas. Comentários como "existem, na sociedade, pessoas que andam de FIAT" – com total sarcasmo – e "as balas deixam um rastro, parecem fogos de artifício" – sem ironia alguma – mostram a completa falta de empatia e praticamente a impossibilidade da existência dessa entre os entrevistados e o "resto do mundo". A noção doentia de que, por estarem "isolados" acima de todos os outros, essas pessoas não integram a sociedade é altamente danosa e prejudicial, pois essas são pessoas influentes que, completamente à parte da realidade, controlam e alteram a vida das massas, ou, minimamente, de alguns grupos. Enquanto produto da arquitetura, o isolamento e o distanciamento têm de ser pesados em quaisquer projetos a serem idealizados ou realizados. A discrepância entre...

Espaço Real & Espaço Virtual

A noção de que habitamos o mundo real e de que o mundo virtual é de alguma forma "menos" ou "menor" é amplamente difundida e aceita, contudo pode ser facilmente questionada. A contemporaneidade, tecnológica, demonstra que o mundo virtual pode não estar tão distante assim de se equiparar à realidade. Sensações, sentidos e até mesmo o acaso podem ser representados no mundo virtual, então o que é que prova que não estamos, nós, no mundo virtual? No debate, levantou-se o argumento da 'energia vital', prana, que distingue em última instância o real do virtual. Creio nesse argumento, a perfeição da representação do real não pode ser senão o próprio real. O plano virtual, se considerado desprovido de princípio vital, não será, nunca, a realidade. Não obstante, constatar a multiplicidade de pessoas e seu consequente espectro de reatividade e sensibilidade à referida energia da vida é necessário. Muitos de nós têm pouca percepção desse tipo de nuance e não distingue ...

Croqui | Parque Municipal

Parque municipal / externo - papel cartão texturizado, lápis B2

Corte com CNC Laser • Objeto Interativo (grupo)

Prancha de Corte criada no SketchUp Vídeo do modelo 3D do objeto criado no SketchUp Integrantes: Mariana Piccoli, Lucas Gonçalves e Lucas Oliveira

Potencial de Mudança na Concepção e Vivência dos Espaços

A forma de pensar a arquitetura sempre foi resultado de uma série de interações entre elementos contextuais. Em períodos históricos diferentes, as necessidades, os interesses e as técnicas distintos ou preferidos moldaram os estilos arquitetônicos e construtivos correspondentes. Na história recente, a disponibilidade e diversidade de recursos tornaram-se, também, influenciadoras no processo conceptivo da arquitetura. Dessa forma, o advento de tecnologias algorítmicas, produtivas e até criativas nos dois últimos séculos permitiu – e passa diariamente a permitir ainda mais – transformações radicais no pensamento arquitetônico. A concepção de novos espaços conversa, hoje, com todo tipo de inovação e a avaliação de novos conceitos enquanto eixos desse processo é, evidentemente, fomentadora de mudança nessa concepção. A parametrização, a prototipagem rápida e a fabricação digital são novos recursos que possibilitam uma arquitetura correspondente ao nosso período histórico, as técnicas e os ...

Crítica ao P2 de OI de Lucas Oliveira

O segundo protótipo de objeto interativo desenvolvido por Lucas Oliveira "é formado por dois capacetes com a viseira completamente opaca, dentro de cada capacete existem 'pisca-piscas'. Da parte de trás de cada capacete saem fios que se ligam na roupa dos usuários, na ponta de cada fio existem botões, esses botões alteram o padrão de luz do pisca-pisca do outro capacete." A proposta avança em relação ao primeiro protótipo ao tornar mais simples a interação com o objeto, mas também mais intensa. O uso do contato humano entre os usuários é uma exploração inteligente das possibilidades abertas pelo primeiro protótipo. Há que se considerar, contudo, a viabilidade e os detalhes envolvidos na composição desse objeto, como a intensidade das luzes e a precisão necessária para gerar os efeitos esperados sem que a experiência torne-se desagradável para os usuários.

Protótipo II • Objeto Interativo

O segundo protótipo, refinado, propõe uma interação "livre" e consiste num emaranhado de arames conectado a um poliedro de espelhos e um recipiente contendo diversos tecidos e fitas que podem ser dispostos nos fios. O invólucro de boca da ideia anterior, muito banal e representativo, foi eliminado e re-imaginado a partir da proposta do contato lúdico-visual, aspecto central no desenvolvimento do objeto.

Protótipo I • Objeto Interativo

Consistindo de uma "câmara escura", um espelho e um invólucro em formato de boca, o protótipo permite que se utilize de outros objetos a serem retirados da câmara escura para interagir com o espelho e o meio. A ideia surgiu da conexão entre meu objeto (isqueiro) com um óculos e um batom, elementos relacionados à visão.

Rede de Objetos

Meu objeto era um isqueiro, ao qual conectei um óculos (Letícia Almeida – http://lehalmeidasilva.blogspot.com.br) e um batom (Gustavo Jun – http://aiajumoritani.blogspot.com.br). A ele foi conectado, também, um sketchbook (Leonardo Kou – http://leonardokou.blogspot.com.br).

Cultura | Objeto Vital

     Visitei, no dia 26 de março, o Centro Cultural do Banco do Brasil, "CCBB", no circuito cultural da Praça da Liberdade, onde estava em exibição a mostra "Los Carpinteiros: Objeto Vital" e outras obras. O ambiente é agradável, a entrada foi franca e as obras são convidativas e estimulantes, no que tange a reflexão política e social, há muito a se ganhar com a visita. Os artistas criam diversas peças explorando técnicas que vão da aquarela à marcenaria e criam, assim, uma multiplicidade de objetos artísticos muito rica.

Crítica ao croqui de Bárbara O. Barbosa

  O croqui escolhido é o croqui externo de ponto de fuga único, feito pela Bárbara de Oliveira Barbosa –  http://barbaraobarbosa.blogspot.com.br – em que ela retrata a fachada da Escola de Arquitetura. O desenho tem grande leveza e traços suaves que tornam sua apreciação agradável. A percepção da tridimensionalidade perspectiva é bem feita e as proporções são respeitadas, permitindo reconhecer facilmente a edificação. O enquadramento do desenho não é convencional, o croqui está descentralizado e boa parte do papel está em branco, o que pode ou não ter sido um recurso expressivo. Há, assim, uma concentração de elementos no quadrante superior esquerdo da página. O preenchimento de elementos com o lápis e a alternância de intensidade dos traços gera percepções de materiais e profundidade que enriquecem o croqui. De modo geral o croqui cumpre seu papel representativo e envolve o observador com particularidades que incitam curiosidade e interesse. 

Croquis | EA

Escola de Arquitetura / externo / 2pdf – papel cartão texturizado, lápis B2 Escola de Arquitetura / externo / 1pdf – papel cartão texturizado, lápis B6 e B2 Escola de Arquitetura / interno / 1pdf – papel cartão texturizado, lápis B2 Escola de Arquitetura / interno / 2pdf  – papel kraft, lápis de cor branco

Roupa & Arquitetura

   Roupa e Arquitetura são, palpavel- e evidentemente coisas diferentes; no plano da realidade material, os dois são distintos. Apesar disso, com pouca reflexão é possível perceber a grande semelhança existente entre os dois conceitos. Se forem descritas apenas as funções, definições e características desses elementos: abrigar, proteger, delimitar espaços/privacidade, expressar ideias, sentimentos, individualidades, etc, é correto dizer que, certamente, podem ser atribuídas a ambos. É impossível definir se, nessas condições de descrição, trata-se exclusivamente de apenas um e/ou de qual dos dois. Da mesma forma, tanto um quanto o outro seguem tendências estilísticas, estéticas e sociais que alteram-se na cronologia da história e que são, também, fortemente influídos pelas condições ambientais, climáticas e pessoais às quais estão submetidos. Similarmente, tentar diferenciar os dois tópicos pela situação de seu advento ou por seu desenvolvimento histórico é ineficiente. Poderi...

Sobre "Animação Cultural", de Vilém Flusser

  O texto "Animação Cultural", de Vilém Flusser, trata da condição humana pela ótica da objetividade, que, no texto, ganha conotação diferente da comumente empregada. De impacto inicial é a noção inovadora, para mim, de que o Homem é objeto antes de ser animal, ou de que, minimamente, na nossa cultura, o Homem posiciona-se, quase inconscientemente, como objeto. Ao mencionar o "mito fundador" da civilização ocidental contemporânea – trata-se, de forma discreta, da narrativa da criação do Homem segundo o livro do Gênesis, na Bíblia – o autor parte de um ponto de vista incomum para tornar notório o teor objetivo impresso na figura humana por nós mesmos. Ainda mais fascinante é a constatação subliminar da fragilidade da nossa mente, que insiste em acreditar no controle absoluto que supostamente exercemos sobre os objetos e a natureza que nos cercam. Mais adiante, o texto explora a "revolução" orquestrada pelos objetos, que têm por interesse maior controlar a ...