"Até que ponto o digital é um facilitador na construção de uma virtualidade?"
O questionamento posto pelo grupo tem intensão de levantar suspeitas acerca dos limites aplicáveis à digitalização do mundo e de seus processos se levada em conta a ótica da virtualização. A virtualidade, enquanto abertura ao processo e desenvolvimento quase espontâneo do estado de devir ou latência das possíveis criações humanas é uma qualidade desejável em muitos processos de concepção pelos quais a construção da realidade passa todos os dias. Se o digital tem potencial de auxílio nesse âmbito, é preciso questionar a extensão desse potencial. O grupo baseou-se na experiência comum de assistir um episódio da série "Black Mirror", onde a mente de uma usuária é "copiada" e dela é feita uma "escrava digital" que conhece cada detalhe da mente original e, portanto, é 100% eficaz em realizar tudo aquilo que ocorre ao redor da "humana" verdadeira. Nessa situação extremada – mas não impensável – é possível enxergar como o digital supera a facilitação do existir de qualquer virtualidade e, contrariamente, a elimina completamente. É mister lembrar de que não há entre o digital e o virtual digital nenhuma relação sine qua non afirmando que o primeiro é facilitador do segundo, portanto a reflexão é válida, porém não revolucionária ou pioneira.
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