As obras escolhidas pelo meu grupo foram "Boundary Functions", de Scott Snibbe e "Infinite Cubed" de Cantoni e Crescenti. A obra Boundary Functions consiste de uma base no solo onde são projetadas através de cálculos diversos – especialmente diagramas Voronoi – fronteiras/barreiras/linhas entre as pessoas que estão no campo de abrangência. A obra é interativa na medida em que não funciona com apenas uma pessoa e também por estimular o ingresso e exploração por várias pessoas ao mesmo tempo. A interface (mais) reativa da instalação se mostra extremamente rica na interação dialógica que produz e permite observar a boa execução de um projeto desse tipo, onde há referências prefigurativas, mas seu uso consolida algo que vai além.
Por outro lado, a obra Infinite Cubed, ou "Infinito ao cubo", demonstra muitas falhas na criação de uma verdadeira qualidade de interatividade. O cubo de paredes espelhadas que oscila em seus eixos é interessante enquanto conceito, mas gera diversas complicações em sua execução e exploração pelos usuários. Desde a evocação da imagem dos "espelhos de elevador" até a própria ausência de interação real com a instalação, as pessoas meramente tiram fotos. Apesar disso, o desenvolvimento cuidadoso de alguns detalhes como a iluminação partindo das arestas merece destaque enquanto méritos da obra.
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