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Ideia Abstrata • Intervenção

A exploração da cidade nos levou a escolher o local que escolhemos, dentre os 3 que esboçamos em croquis, em função do fato de que muitas de suas características pareciam, inicialmente, interessantes. Ao longo de nossa permanência no triângulo – nome que demos ao lugar –, confirmamos nossa impressão original ao percebermos muitos elementos marcantes e potenciais que diziam respeito àquele ponto nevrálgico das vias de Diamantina: o intenso fluxo de pessoas e carros, a localização particular e a conformação espacial rica em potência, mas largamente inexplorada. Através da apropriação do espaço com o corpo (performance), aguçamos ainda mais nossa percepção do espaço, sentimos com maior intensidade a presença dos carros e dos transeuntes, da mesma forma que notamos a organicidade, por assim dizer,  do conflito que existia entre essas duas coisas. Pudemos abranger em nossa imagem mental, também, os elementos periféricos do nosso local, em especial o mercado, de onde vinha a maior parte dos fluxos, e do comércio. A partir disso, nosso grupo tomou a questão dos fluxos e da relação entre eles (conflito carros vs. pessoas) como norte para o processo de pensar uma intervenção. Intendemos, na origem, fazer algo que aproveitasse a disposição dos espaços do local – o cruzamento em Y das vias deixava um triângulo residual praticamente desocupado – para explicitar o potencial de permanência contido ali, ao mesmo tempo que exacerbar o peso dos carros no ambiente e apontar para seu impacto no espaço e no comportamento das pessoas. 

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